“Vamos direto para o Ministério Público. Porque aqui [na Câmara] eu desisto”, disse Wal, na sessão plenária, cogitando possibilidade de que a Denúncia 2/2021 fosse rejeitada pelos parlamentares, o que de fato se concretizou. “Não adianta [tentar] abrir Comissão aqui. Não vai passar nunca”, completou a vereadora, ao citar a tentativa de abertura de uma futura investigação para apurar fatos envolvendo a área da saúde. Para ela, a medida será uma “cortina de fumaça”, que não contará com seu apoio, já que a rejeição pelo Plenário é previsível (*). “Agora irá tudo para as apurações do Ministério Público”, anunciou, destacando que a Casa perdeu a oportunidade de “doutrinar as atitudes do governo”.
Para a parlamentar, a aprovação de abertura de investigação sobre fatos envolvendo o prefeito daria, ao governo, “a possibilidade de mudar o seu modo de agir conosco, vereadores”. “Não teria acontecido a metade do que aconteceu, principalmente na área da saúde”, ressaltou, lembrando que a última denúncia apresentada contava com um “um farto número de documentos e depoimentos vindos do Ministério Público”, relacionados ao caso envolvendo pessoas em situação de rua, que teriam sido forçadas a deixar o município, em julho. Para Wal, o prefeito produziu provas contra si próprio, e os documentos que constam da Ação do MP atestam a participação do Executivo em irregularidades.
(*) Em discurso na sessão desta segunda-feira (22), a parlamentar ressaltou que apoia a abertura da CEI da Saúde.