sessão ordinária da última segunda-feira (4), a parlamentar comentou o assunto e citou o caso da proposta de previdência complementar para os servidores públicos municipais - que já teve cinco versões diferentes, na Câmara.
A vereadora Wal da Farmácia (UNIÃO), presidente da Comissão de Justiça e Redação (CJR) da Câmara, critica a qualidade das matérias legislativas apresentadas pela prefeitura, para apreciação da Câmara. NaWal lembrou que, na Comissão, a primeira proposta foi arquivada, em 2021 - conforme parecer disponível no SAPL, por “impossibilidade e inviabilidade jurídica”. Houve ainda uma versão retirada pelo próprio Poder Executivo; uma reprovação da proposta, pelo Plenário, de outro texto; e versão para a qual foram sugeridas adequações, o que não foi feito pela prefeitura. “Vergonhosos os projetos que vêm para essa Casa Legislativa”, disse.
No pronunciamento, a vereadora comentou a última versão do Projeto, distribuída às Comissões nesta semana. “Vergonhoso: pior do que os anteriores”, afirmou, explicando que o PL precisou ter o aval de nove vereadores, tendo em vista que, conforme Lei Orgânica, “a matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá constituir objeto de novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos membros” da Casa.
Segundo Wal, o novo projeto apresentado “não veio com as correções” sugeridas pela Comissão de Justiça e Redação, e será necessário realizar “muitas emendas”, após análise do colegiado, para as devidas adequações no texto do Poder Executivo. “Isso aqui é vergonha”, relatou, explicando que a CJR enviou ofício “praticamente desenhando como se faz um Projeto” e, passados 19 meses, a prefeitura continua remetendo propostas com inadequações.
“Além de nós, vereadores, cobrarmos o Executivo, a gente ainda faz a parte dele”, disse, referindo-se aos pedidos de adequações em matérias apresentadas pela prefeitura. A vereadora ainda citou o Projeto que trata da autorização para “desdobro de lotes” - que foi remetida à Câmara, no ano passado, mas obteve pareceres contrários e foi arquivado, já que deveria seguir rito de lei complementar, e não de lei ordinária, como proposto pela prefeitura.