O vereador Bruno Leite (UNIÃO) informa que moradores que tiveram um “aumento abusivo” na taxa do IPTU (Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana) devem procurar o seu gabinete. O objetivo é reunir a documentação dos casos em que foi aplicado o reajuste, mesmo não havendo o efetivo aumento da área construída no terreno, por exemplo.
“Nós vamos juntar esses carnês [...] vamos notificar o Ministério Público, vamos notificar as partes responsáveis, para que nós possamos recorrer, e entender de fato o que aconteceu”, afirmou o parlamentar, na sessão ordinária desta segunda-feira (24). Ele ainda destacou que gostaria de entender a base de cálculo usada pela prefeitura, no ato do reajuste do imposto.
“O IPCA [Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, informado pela prefeitura como sendo a base para o aumento] foi 5,79 [%, no acumulado de 2022]. Teve carnê [do IPTU] que, de R$ 600, saltou para R$ 1200,00”, exemplificou o parlamentar, criticando a prefeitura pelas respostas dadas a Requerimento seu, sobre o assunto. “Não responderam nada”, disse.
No documento enviado à Câmara, o Poder Executivo alega que o cálculo do imposto é feito com base na correção definida pelo IPCA, apurado em determinado período. “Em Monte Mor para este ano de 2023 foi de 7.17%, dentro do índice do IPCA do período do ano anterior (09/2022), que pode oscilar para mais ou para menos, mês a mês, conforme a inflação”, diz.
SERVIÇOS PÚBLICOS
No pronunciamento, Bruno ainda leu trecho de uma das respostas, na qual a prefeitura informa que a “a atualização dos cadastros imobiliários” decorre de um apontamento do Tribunal de Contas, mas que a arrecadação maior seria revertida em “melhorias nos serviços públicos”. “Nós não tivemos nada de benfeitorias no nosso município”, afirmou o vereador, citando, como exemplo, os buracos em vias públicas registrados nesses dois anos de mandato.