sessão de segunda-feira (8), a parlamentar disse que, no final de semana, foi cobrada por um paciente. “Não veio a medicação dele, e ele foi transplantado recentemente de um rim, e precisa dessa medicação para sobreviver”, destacou.
A vereadora Wal da Farmácia (PSL) critica a terceirização dos serviços da farmácia de alto custo e reclama que vem ocorrendo a falta de medicamentos no município. NaEm seu pronunciamento no Plenário, Wal também disse que a empresa responsável agendou uma reunião na prefeitura, e, no horário, deixou apenas um funcionário atendendo na farmácia. “E não tem medicamento lá, para o povo”, reclamou, ressaltando o sofrimento da população, com essa mudança feita pelo Poder Executivo. “Uma terceirização que, eu creio, não precisava [acontecer]”, concluiu.
Wal também criticou o secretário de saúde, José Camargo. E citou reclamação recebida na sexta-feira (5), quando uma família informou ao seu gabinete que não conseguiu retirar insumo para curativo, no posto de saúde Central. “Pasmem. Eu liguei para o secretário uma, duas, três [vezes]. Na segunda [tentativa] ele atendeu, [mas] desligou na minha cara quando me identifiquei [como] vereadora”.
MENTIU
A falta de diálogo de Camargo com os vereadores, e os problemas da pasta, como a falta de remédios e médicos, foram algumas das justificativas do Requerimento, aprovado na sessão plenária, que autorizou a convocação do secretário de Saúde para prestar esclarecimentos na Câmara. Segundo Wal, os problemas da pasta são decorrentes do “desrespeito e despreparo de um governo autoritário”.
“Senhor prefeito: respeite essa Casa”, disse, destacando que os parlamentares estão de parabéns por fazer cobranças ao Executivo. Ela também comentou que o ex-secretário de Saúde, Silvio Corsini, mentia para os parlamentares. “Mentir para nós, vereadores, é mentir para a população. Desrespeitar os vereadores é desrespeitar a população. Porque fomos eleitos para representar a nossa população”.
ÁUDIOS
Wal também comentou o seu discurso da semana passada, ocasião em que transmitiu áudios, atribuídos ao prefeito Edivaldo Brischi (PTB), nos quais o chefe do Executivo afirma que vai “dar o troco pra vocês, de tudo que vocês estão fazendo comigo”; e se dirige aos destinatários, chamando-os de um “bando de sem-vergonha”. A parlamentar explicou o contexto das mensagens.
“No primeiro [áudio], ele [o prefeito] chama os funcionários [públicos]de sem-vergonha”, relatou. “O prefeito é vingativo”, completou a parlamentar, destacando que o segundo áudio transmitido na semana passada se referia à ameaça proferida pelo chefe do Executivo aos próprios parlamentares, que sofreriam retaliações por realizar o serviço de fiscalização inerente ao cargo.