Paranhos destacou que os munícipes podem procurar o Poder Legislativo para apresentar demandas; entretanto, o órgão que tem competência para executar os serviços é a prefeituraNa sessão ordinária desta segunda-feira (3), o vereador Paranhos (MDB) abordou o problema vivenciado pelas mães de crianças com autismo, presentes no Plenário, que sofrem com a falta de atendimento especializado para seus filhos. Na data, foram exibidos depoimentos cobrando terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos e neuropsiquiatras, por exemplo.

Ele citou a presença de secretários e disse que “talvez a única secretaria que deveria estar presente para ver o vídeo das senhoras mães”, a de Saúde, estava ausente. “Como seria bom se a secretária de Saúde aqui estivesse [...]. As senhoras poderiam abordá-la ali e expor o problema”, completou, no discurso, também cobrando a presença do prefeito. 

“Vocês estão esgotadas. O que é sabido é que vocês não sabem mais a quem procurar”, afirmou, citando que, por isso, tais demandas chegam à Câmara, gerando certa exposição das mães, já que as sessões são gravadas e “tudo que acontece aqui é público”. “Infelizmente, precisa se expor. Porque, se vocês não gritarem, o Poder Executivo não vai ver”, disse.

Na sessão plenária da Câmara, o vereador ainda destacou que os munícipes podem procurar o Poder Legislativo para apresentar suas demandas. Ressaltou, entretanto, que o órgão que tem competência para executar os serviços é a prefeitura. “Se vocês se mantiverem unidas, assim, vocês vencerão”, finalizou, dirigindo-se às mães das crianças com autismo.

Na sessão, Bruno Leite disse que enviou ofício à prefeitura, cobrando esclarecimentos: “é um assunto importantíssimo, e nós temos que dar a transparência devida”O vereador Bruno Leite (UNIÃO) afirma que seu gabinete recebeu diversas reclamações sobre o assunto “casas populares”. Na sessão ordinária desta segunda-feira (3), o parlamentar afirmou que os moradores têm muitas dúvidas - e que a prefeitura precisa esclarecer, por exemplo, se os atingidos por enchentes terão prioridade no programa do Governo Federal.

Bruno citou a ação realizada pela prefeitura, recentemente, intitulada pelo próprio Poder Executivo como sendo um “Mutirão do Cadastro Habitacional Municipal de Monte Mor, do Programa Minha Casa, Minha Vida”. E disse que é preciso entender “quais são as diretrizes do Governo Federal, para poder dar transparência e passar isso para a população, de fato”.

No discurso, o parlamentar afirmou que enviou ofício à prefeitura, cobrando esclarecimentos. “É um assunto importantíssimo, e nós temos que dar a transparência devida”, afirmou, citando a importância de informar aos moradores de diversos bairros e de áreas que sofrem com alagamentos, que fizeram a inscrição “e estão aguardando a tão sonhada casa própria”.

Em aparte, o vereador Professor Adriel (PDT) disse que as informações constam da Lei Federal 14620/2023; já Bruno salientou que cabe à prefeitura garantir os devidos esclarecimentos, na hora do cadastro. O Executivo afirma que o mutirão visou “acelerar a etapa de cadastro e facilitar a participação dos interessados que trabalham durante a semana”.

Wal da Farmácia citou que, em Brasília, solicitou recursos para a criação de um Centro Especializado, de Referência, para Pessoas com Deficiência e Transtorno do Espectro AutistaA vereadora Wal da Farmácia (PSB) destaca que faz um trabalho sério, “tem palavra” e não expõem indevidamente as mães atípicas que possuem carências de atendimento especializado na área, no município – principalmente aquelas que participaram da plenária realizada pelo seu gabinete, na Câmara, onde foram debatidas as demandas e especificidades.

Em discurso na sessão ordinária desta segunda-feira (3), Wal criticou um vereador que, segundo ela, expôs “incansavelmente” uma mãe atípica no Plenário e nas redes sociais. “Basta”, pediu ela, citando que participou de uma reunião, na qual solicitou que as mães entrassem em contato com as secretarias municipais de Educação e Saúde, inclusive.

“Eu não escolhi essa causa, elas [as mães de crianças com autismo] me escolheram, e eu vou vestir a camisa”, anunciou, citando que, em Brasília, solicitou recursos para a criação de um Centro Especializado, de Referência, para Pessoas com Deficiência e Transtorno do Espectro Autista (TEA). Ela ainda comentou a futura destinação de Emenda Impositiva para a causa. 

Na sessão, a parlamentar ainda comentou que de fato o município não oferece o atendimento multiprofissional, e que está sendo feito um “trabalho de formiguinha”. Além disso, explicou que em nenhum momento disse que as mães de crianças com autismo estariam sendo “atendidas em tudo”, mas, sim, que uma demanda da área da Educação foi solucionada. 

Segundo Professor Adriel, verba obtida pelo gabinete “não está parada” e o Departamento Jurídico da prefeitura está articulando um Projeto de Lei e “programa de saúde” na áreaO vereador Professor Adriel (PDT) afirma que conquistou duas emendas parlamentares, totalizando R$ 500 mil - recurso esse que será destinado à contratação de profissionais especializados, no município, para garantir o atendimento de pessoas com autismo.

Na sessão ordinária desta segunda-feira (3), ele afirmou que a verba “não está parada” e que, atualmente, o Departamento Jurídico da prefeitura está articulando o texto de um Projeto de Lei e um “programa de saúde”, visando garantir a contratação desses profissionais.

Adriel ainda disse que seu gabinete atuou nas interlocuções com o Poder Executivo, visando à implantação de uma unidade da Associação de Mães e Amigos dos Autistas de Hortolândia (AMAAH-SP), na cidade, assim como conquistou doações para estruturar o espaço. 

No discurso, o vereador disse ser “compreensível” a decepção das pessoas que carecem de acolhimento, tendo em vista que a “situação de abandono” ocorre há “muito tempo”, pois a pauta “nunca foi assistida com a devida atenção, [...] muito menos pelas antigas gestões”.

As demandas das pessoas com transtorno do espectro autista (TEA) foram relatadas por mães, em evento realizado na Câmara, em maio, assim como em discursos de vereadores. A necessidade de atendimento multiprofissional foi relatada em diversos momentos.