Wal pede que Câmara seja conduzida com “mais democracia”: “estamos sendo cerceadas”

WaldaFarmácia 21.03.2022 02Wal da Farmácia também comentou Indicação do seu gabineteNa sessão ordinária de segunda-feira (21), a vereadora Wal da Farmácia (PSL) abordou a importância da igualdade de direitos. “Hoje eu quero falar em nome das nobres vereadoras desta Casa Legislativa. [...] Solicito à Presidência que essa Casa seja conduzida com mais democracia para nós, mulheres, vereadoras. Muitas vezes estamos sendo cerceadas dos nossos direitos e sendo constrangidas em sessão”, afirmou a parlamentar, no pronunciamento

Wal reclamou que, no seu ponto de vista, teve “fala cerceada” na semana anterior, em episódio envolvendo debate sobre o rito de tramitação de proposituras em regime de urgência especial. A parlamentar disse que sabe que são necessárias cinco assinaturas para tal tramitação, mas destacou que se referia ao artigo 155 do Regimento Interno, que prevê que a urgência deve ter, como finalidade, “evitar grave prejuízo ou perda de sua oportunidade”.

ABUSO

A vereadora citou a Indicação 46/2022, de sua autoria, que pede a “implementação do Projeto Escola que Cuida”. “Essa propositura tem a finalidade de abordar um tema muito difícil, o abuso infantil nas escolas da rede pública, como forma de ajudar os alunos a identificar os abusos e encorajá-los a fazer a denúncia”, explicou. “Eu acho um Projeto muito importante, porque é na escola que a criança vai relatar o problema, ao professor, ao psicólogo, à assistência social. Porque, geralmente, o abusador está dentro de casa”, concluiu Wal.

Projeto de Lei que cria previdência complementar de servidores passará por audiência pública

IMG 8731Notebook, com brasão do município ao fundo. Previdência complementar de servidores públicos será debatida em audiência da Comissão de Justiça e RedaçãoA Comissão de Justiça e Redação (CJR) da Câmara promove nesta semana, na quinta-feira (7 de abril), uma audiência pública para debater a proposta de criação do regime de previdência complementar dos servidores públicos efetivos do município. O evento será realizado no Plenário, a partir das 10 horas, aberto à participação presencial dos interessados, que também poderão assistir e enviar perguntas pelo site E-democraciaAnteriormente, a CJR havia divulgado as datas de 29/03 e 1º de abril, que foram adiadas.

O Projeto de Lei (PL) 44/2022, a ser discutido na audiência pública, é de iniciativa do Poder Executivo. A proposta, em tramitação na Câmara desde 10 de março, prevê que o regime de previdência complementar vai abranger os servidores efetivos da administração direta e indireta, do Poder Executivo, assim como os do Poder Legislativo. O regime proposto é facultativo, e o participante pode requerer adesão ou cancelamento “a qualquer tempo”. 

Na Justificativa, o prefeito Edivaldo Brischi (PTB) afirma que a proposta visa atender à Constituição Federal, especificamente as mudanças inseridas pela Emenda Constitucional 103/2019 (Reforma da Previdência). “A criação do regime de aposentadoria complementar dos servidores públicos é medida obrigatória para todos os regimes próprios de previdência”, afirma o prefeito, citando sanções a serem aplicadas caso o regime não seja criado.

Assinado pela presidente da CJR, vereadora Wal da Farmácia (PSL), o convite para a audiência foi divulgado no Diário Oficial e no SAPL, inclusive sua retificação. Além da participação presencial, no Plenário, e virtual, pelo E-democracia, os cidadãos interessados também vão poder acompanhar o evento pelo canal do YouTube do Legislativo - “porém, sem a possibilidade de interação”, esclarece a parlamentar, no documento. 

PREVIDÊNCIA

AUDIÊNCIA PÚBLICA 07.04.2022 INSTAGRAMEvento será na próxima quinta-feira, dia 7 de abril, a partir das 10h, no Plenário da Câmara, com transmissão ao vivo (e participação online) pelo site E-democraciaO Projeto de Lei estabelece que os valores dos benefícios de aposentadoria e de pensão concedidos pelo Ipremor (instituto de previdência municipal) passarão a ter, como limite máximo, o “estabelecido para os benefícios do regime de previdência geral [atualmente, de cerca de R$ 7 mil], independentemente de adesão ao Regime de Previdência Complementar”. 

Segundo a proposta, esse limite será aplicado “aos servidores que tiverem ingressado no serviço público municipal a partir da data da aprovação do convênio de adesão e do oferecimento do plano de benefícios pelo órgão federal, responsável pela supervisão e fiscalização das entidades fechadas de previdência complementar [a autarquia Previc]”. 

O texto também estabelece que os servidores que ingressarem no serviço público “até o dia anterior ao início de vigência do regime de previdência complementar, poderão aderir ao plano de benefício administrado por entidade a que se refere o caput do art. 5° [entidade fechada de previdência, conveniada], sem a contrapartida do patrocinador [Poder Público]”.

“O regime de previdência complementar [...] oferecerá plano de benefícios somente na modalidade contribuição definida, [...] e será efetivado por intermédio de entidade fechada de previdência complementar ou de entidade aberta de previdência complementar”, diz a Emenda 103, norma que tornou obrigatória a criação dessa previdência, a todos os entes.

Na prática, a criação da previdência complementar, pelos municípios, garante uma alternativa aos servidores públicos que tenham interesse em receber aposentadorias e pensões superiores ao teto máximo estabelecido pelo INSS. Segundo o prefeito, essa é uma forma de assegurar a “garantia do complemento de renda, no momento da passagem para a inatividade”. 

* Notícia atualizada em 22/03/2022, às 15h31, para correção, tendo em vista que a Comissão de Justiça e Redação alterou a data da audiência pública de 29/03 para 1º de abril, às 10h00min, conforme edital publicado.

* Notícia atualizada, novamente, às 15h17 de 04/04/2022, tendo em vista republicação do edital, prevendo a realização da audiência pública nesta quinta-feira (7 de abril). 

Autora de proposituras sobre o tema, Wal comenta o Dia Internacional da Luta pela Vida das Mulheres

WalDaFarmácia 07.03.2022 DiscursoWal da Farmácia é autora do Projeto instituiu o “Dia Municipal da Mobilização dos Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres”A vereadora Wal da Farmácia (PSL) considera que o 8 de março deve ser considerado o “Dia Internacional da Luta pela Vida das Mulheres”. Em discurso no plenário da Câmara, na sessão ordinária da última segunda-feira (7), a parlamentar comentou o assunto. Citou a luta histórica, feminina, pelo empoderamento e inserção na sociedade. E defendeu a igualdade de direitos e o fim da violência doméstica, ao destacar que proposituras de sua autoria também abordaram o assunto.

No pronunciamento, Wal salientou que as mulheres “lutam diariamente pelo seu lugar nesse mundo”. “Lutam contra a violência, lutam por seus filhos, por sua família, lutam por si”, afirmou a vereadora, citando a conquista do voto feminino. “Quantas mulheres já lutaram por nós, para [eu] chegar onde eu estou aqui, nesta cadeira, sendo vereadora, como as minhas colegas aqui. Quantas lutas não foram travadas para que isso acontecesse, para as mulheres terem seu primeiro voto”, exemplificou.

A parlamentar também citou a inserção das mulheres no mercado de trabalho - e destacou a atuação feminina em diversas categorias profissionais, como Engenharia, Medicina e Direito, dentre tantas outras. “Mulher é anjo, é força, é coragem, luta, persistência, amor, determinação. Mulheres são realmente incríveis [...] Já pensou em um jardim sem flores? Então, assim seria o mundo sem nós, mulheres”, afirmou Wal, no Plenário, defendendo a educação. “Não deixem de estudar”, orientou.

PROPOSITURAS

Wal é autora do Projeto de Lei 36/2021, aprovado pelo Plenário, que institui a data de 6 de dezembro como o “Dia Municipal da Mobilização dos Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres”. A propositura foi sancionada e transformou-se na Lei Municipal 2813/2021. Além disso, a vereadora remeteu ao Poder Executivo a Indicação 164/2021, que sugeriu a criação de “uma lei para proibir que pessoas condenadas por violência doméstica possam assumir cargos públicos”, e a Indicação 10/2022, que pede a concessão de auxílio aluguel às mulheres vítimas de violência doméstica.

Em Requerimentos, vereadores pedem informações sobre educação, cestas básicas e transparência

montagemOs vereadores Camilla Hellen, Paranhos e Wal da Farmácia, durante a sessão ordinária que aprovou os novos pedidos de informação à prefeituraCinco novos Requerimentos com pedidos de informações à prefeitura foram aprovados na sessão ordinária desta quinta-feira (3). As proposituras são relacionadas às áreas de educação, assistência social e transparência pública, e serão remetidas ao Poder Executivo, que, conforme Lei Orgânica, terá 15 dias para prestar as informações à Câmara - prazo esse que pode ser prorrogado por igual período, desde que com justificativa expressa. O não atendimento ao pedido, ou a apresentação de dados falsos, são considerados “crime de responsabilidade” por parte dos agentes públicos.

Os vereadores Camilla Hellen (Republicanos), Paranhos (MDB) e Wal da Farmácia (PSL) assinam os Requerimentos 3, 4, 6 e 7/2022 (as três primeiras proposituras tratam de questões relacionadas à educação municipal, e a última, à distribuição de cestas básicas pelo Fundo de Solidariedade). Já o Requerimento 5/2022, sobre omissão de dados no site da prefeitura, é assinado exclusivamente por Paranhos e Wal. Todas os documentos foram votados em bloco e aprovados por 12 votos favoráveis e dois contrários, dos vereadores Andrea Garcia (PTB) e Pavão da Academia (MDB).

O Requerimento 3 pede informações à Secretaria de Educação, Cultura e Turismo, sobre as “atribuições de aula 2022 e [sobre os] diretores de escola” - contemplando a classificação de cada profissional que teve aulas atribuídas neste ano, e a quantidade de inscritos no processo seletivo, dentre outros assuntos. O 4 questiona a “relação dos ônibus do programa Caminho da Escola”. E o 6 também pede informações à secretaria de Educação, incluindo relação nominal dos servidores lotados na pasta, suas funções, e sobre eventual ocorrência de acumulação de cargos, por exemplo.   

Da área de assistência social, o Requerimento 7 “requer informações sobre a entrega das cestas básicas nos dias 19 e 20/02/2022, pelo Fundo Social da Solidariedade”. “A prefeitura publicou em suas redes sócias a relação das pessoas que foram atendidas. Recebemos informações de que algumas dessas pessoas não possuíam cadastro único e estão fora dos critérios de baixa renda. Há também reclamações de pessoas que não foram atendidas por ausência de seus nomes na lista, mesmo sendo elas cadastradas na Assistência Social”, diz a propositura, que tem seis perguntas.

Já o Requerimento 5 pede informações à prefeitura sobre a não publicação das remunerações completas dos agentes públicos, no portal de transparência. O documento cita a Lei Federal 12527/2011 (Lei de Acesso à Informação - LAI), e decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), sobre o assunto. Dentre outros questionamentos, os parlamentares perguntam o motivo de as informações relacionadas às remunerações completas dos funcionários terem sido retiradas do ar, no ano passado, mantendo-se a divulgação, apenas, do vencimento básico desses servidores.

“Até dia 5 de maio de 2021, a prefeitura de Monte Mor publicava informações remuneratórias dos agentes públicos no portal da transparência, incluindo os valores do vencimento básico, gratificação, horas extras e demais vantagens pecuniários, no entanto ao consultar o portal da transparência, verifiquei que nem todas as informações permanecem publicadas”, reclamam os autores, no texto.  A LAI “impõe à Administração o dever de promover a divulgação [...] de informações de interesse coletivo e geral por eles produzidos ou custodiados”, diz o texto.

AUTORES DEFENDEM TRANSPARÊNCIA

O vereador Paranhos ressaltou a importância das proposituras, e comentou especialmente o Requerimento 5. Citou o portal da transparência da Câmara, que contempla os detalhes da remuneração dos servidores e dos agentes políticos. E lembrou que isso ocorre por força de lei, e que precisava ser seguido pelo Poder Executivo. O parlamentar ainda destacou o recebimento de denúncia, pela Ouvidoria da Câmara, no ano passado, sobre a omissão de dados completos no site da prefeitura. “Eu liguei para o setor que cuida da transparência [do Executivo], e isso nunca foi solucionado [...] Nesse momento, a prefeitura se encontra em desacordo com a legislação”, disse. 

Wal da Farmácia comentou especialmente os Requerimentos relacionados à Secretaria Municipal de Educação. Disse que enviou ofícios sobre alguns assuntos, e lamentou que o Poder Executivo tenha omitido informações, inclusive. “Estou averiguando muitos fatos. Creio que a secretária está um pouco perdida”, afirmou, ao relatar que marcará reunião para fazer apontamentos à titular da pasta. A vereadora também comentou o Requerimento 7, sobre as cestas básicas, e disse que recebeu muitas reclamações e denúncias sobre o caso. “Tem que ser divulgado, tem que ser transparente, essas informações precisam vir para essa Casa Legislativa”, ressaltou Wal. 

Camilla Hellen reiterou que os requerimentos consistem em ferramentas de trabalho dos vereadores. E, sobre o 5, destacou a relevância. “É uma das coisas que a gente mais cobra aqui, do Executivo, é a transparência, um dos pilares para um bom relacionamento [entre os Poderes]”, frisou. Sobre as entregas de cestas básicas, a parlamentar também comentou que a própria Câmara não teve acesso prévio à lista de beneficiados, que inclusive foi divulgada na internet. “Tem que ter organização, transparência”. Além desses parlamentares, Professor Fio (PTB), Bruno Leite (DEM), Altran (MDB) e Vitor Gabriel (PSDB) também comentaram a votação - assista aqui na íntegra

Foto Lado a Lado